Após a 2ª Guerra Mundial quando o Japão foi devastado, o País teve que parar para pensar em sua reabilitação. Copiou alguns moldes, adaptou aqui, ajeitou ali e chegou a grande potência que é hoje. Nesse processo de renovação surgiram vários grupos sociais. Meninos, meninas, homossexuais (ou não) cada um no seu nicho social. Nada que lembrasse os tempos difíceis do Japão e os valores já cansados da geração anterior era válido.
Nas rádios, o J-Pop começava a tomar conta de tudo, era a geração jovem mostrando sua cara. A pesquisadora Cristiane Sato lembra em seu livro “JAPOP” que no cinema, na TV e nos mangás, tudo se tornou mais fantasioso e mais adolescente. A geração de 80 foi umas principais responsáveis por esse processo. Assim surgiram os zokus, isto é, as tribos japonesas. Elas eram definidas pelos visuais, as marcas que vestiam, pelas lojas que frequentavam, revistas que liam e ainda pelas gírias que falavam. Eram os novos “hippies, punks e roqueiros”, mas nos moldes do Japão.
Cristiane Sato classifica os zokus em quatro grupos. Os kurisutaru eram os jovens altamente consumistas e materialistas. Curtiam um estilo ocidental com grande influência dos Estados Unidos. O grupo dos sango (que significa três palavras) eram mais tímidos. Falavam pouco e repetiam expressões como uso (mentira!; não diga!), hontou (verdade, é mesmo!?) e kawaii (que gracinha!).
Shibuya: um dos principais centros de compras no Japão |
Formou-se também o grupo nyuu haafu (do inglês ‘new half’ – nova metade). Os participantes desse zoku eram em sua maioria mulheres. Eram obcecadas por homossexualidade que adoravam mangás e animês yaoi (destinado ao público gay, lembra Cristiane Sato).
Tales out of season: um mangá destinado ao público gay |
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