segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Artigos - Garage Kits

Ví um artigo sobre garage-kits e vou usá-lo como referência, principalmente por repúdio ao livro mencionado nele: OTAKU, Filhos do Virtual. Todos sabemos que há alguns mais doentes que realmente se apaixonam por personagens (não só de animes, mas de filme, novelas...) ao ponto de ignorarem pessoas reais, mas da forma como esta merda foi escrita, parece que todo otaku é doente. Enfim, abaixo o artigo com as menções desse livro nojento.

Para que perder tempo com uma colega de escritório, esforçar-se para encontrar uma garota que poderá traí-lo e fazê-lo sofrer de verdade, e para quem jamais será um príncipe charmoso? Pois ela também assiste à televisão, ela também lê mangás, e ela também tem do homem ideal uma concepção bem precisa do que pode ser você ou qualquer rapaz da sua idade” (OTAKU, Filhos do virtual. BARRAL, Etiénne. 2000, p. 48).
 
O trecho acima se refere a uma das principais paixões dos japoneses: as bonecas/bonecos chamados de garage-kit. Elas são obras baseadas em personagens de animês, mangás, jovens artistas japoneses (as) ou até mesmo construídas a partir da mulher ideal para o artista. Maioria são baseadas em “humanos”, mas monstros e mechas (robôs) também são classificados como garage-kit.


Fate, de Lyrical Nanoha

Os garage-kit também podem ser chamados de action-figures, mas estes tem produção industrial. Os primeiros são produzidos em oficinas caseiras e geralmente são para consumo do próprio artista amador. O material usado pode variar, mas o predominante é a resina.
Amor além da conta
É fácil encontrar no Japão um jovem ou até mesmo um adulto que tenha um quarto cheio de garage-kit (o autor deste blog tem apenas 3 - por enquanto). Estes, na maioria, das vezes acabam criando uma relação sentimental com as bonecas.


De acordo com relatos no livro Otaku – Filhos do Virtual, os jovens que acabam se “relacionando” com estas bonecas deixam de lado relações amorosas até sexuais com mulheres (a maioria dos colecionadores são homens).

“Com uma boneca, há um sentimento de posse que não se pode ter com uma mulher de verdade, é claro. Mas, sobretudo, uma boneca jamais me trairá. Não faz pouco de mim e nunca me abandonará”, relata um jovem japonês no livro Otaku – Filhos do virtual.


Tomoyo Sakagami, de Clannad

Mesmo quem não curte a arte, se encanta fácil. A riqueza de detalhes é imensa. Para quem não entende a cultura, acaba vendo o jovem colecionador como um pervertido ou algo parecido. É importante frisar que o comércio de garage-kit, action-figures ou atém mesmo gashapons (modelos em miniaturas) movem milhões pelo mundo. No Brasil, o preço dessas bonecas é alto em relação a um boneco comum. Para o colecionador, a dica é comprar diretamente no Japão ou outro país asiático por meio de sites de compras.
“Obras oníricas, extraídas de um imaginário nutrido de relatos fantásticos, os garage-kit permitem a seus criadores exprimir fantasias e temores em três dimensões”.

Minha coleção atual:

Nenhum comentário:

Postar um comentário