quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Artigos - Chegada dos Mangás no Brasil

Os primeiros mangás que chegaram por estas terras desbravadas por Pedro Álvares Cabral vieram após passagens pelos EUA na década de 60. Nesta época o Brasil já tinha a maior colônia japonesa do mundo e assim muitos desenhistas locais passaram a introduzir o “estilo mangá” na produção nacional.

Bairro da Liberdade, em São Paulo. Região conhecida por abrigar japoneses e seus descendentes no Brasil

De acordo com o espanhol Alfons Moliné, em seu livro ‘O Grande Livro dos Mangás’, surgiu em 1978 a Associação Brasileira de Mangá e Ilustrações (Abrademi). Esta passou a ser uma das principais difusoras de mangás pelo Brasil. Moliné ainda lembra que no mesmo ano de fundação da Abrademi, quem passou por esta terra verde e amarela foi o magnífico mangaká Osamu Tezuka.

Osamu Tesuka: revolucionou a arte do mangá

Já na década de 80, editoras como Cedibra, Nova Sampa, Abril e Globo começaram a traduzir produções japonesas e disseminá-las pelo País.
O brasileiro Alexandre Nagado lembra que primeiro mangá editado no Brasil foi Lobo Solitário (Kozure Okami), do japa Kazuo Koike, em 1988, pela editora Cedibra. Quem também causou furor por aqui foi Akira, que chegou pela Editora Globo.

Edições atualizadas de Lobo Solitário

Mesmo com o ‘boom’ de cultura japonesa provocado pela chegada do animê Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya) em 1994, os quadrinhos japoneses só começaram a ‘estourar’ a partir dos anos 2000, quando surgem a as editoras JBC, Conrad, assim como Panini, Animanga e Mythos. Nagado afirma que os primeiros títulos de sucesso no Brasil foram Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco. Após esses primeiros títulos de sucesso vieram Samurai X, Sakura Card Captors e Video Girl Ai, por exemplo.

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